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Torturado por amor a Cristo

1970

Richard Wurmbrand

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Contemplemos a máxima cristã:

Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

 

Num instante concluimos que devemos amar a nós mesmos para que possamos amar o próximo, ou será o inverso, amar o próximo para que possamos amar-nos. Ou talvez estas duas coisas possam ser uma só, indissociáveis, de modo que só amamos verdadeiramente quando tudo é incluído nesse acto de amar. Muito bem. E o que é amar?

 

Em lugar algum prazer é sinónimo de amor. O amor pode conter prazer, mas a essência não é a mesma. O amor é superior, pois abrange e transcende o prazer. Do mesmo modo, a dor: o amor contém e transcende a dor, logo, é-lhe superior. É também assim o amor relativamente à felicidade e ao sofrimento, por isso a palavra paixão, que etimologicamente significa sofrimento, veio com o tempo a simbolizar felicidade e amor. Porém, o amor continua contendo e transcendendo tais essências.

 

E que dizer do querer, do desejo? Desejamos sempre o que amamos, mas se o amor é algo tão superior e incomparável, como podemos encaixar dentro dele os desejos nefastos? Um adicto deseja a droga que lhe destrói a mente, o corpo, por vezes o próprio ser; um psicopata deseja ser ungido pelo mal, sujeito a sofrer a morte da alma; um sociopata deseja acima de tudo o poder sobre os seus semelhantes, condenando-se a uma solidão existencial.

 

Pois bem. Se desejamos o que amamos, o adicto que deseja drogas, pretende a auto-destruição? O psicopata que deseja o mal, pretende a morte da alma? O sociopata que deseja ser poderoso e superior, pretende a solidão e o isolamento? Não parece verossímil. Pois amar é querer o bem, para o qual tudo no universo tende. Como podemos então fazer tais afirmações?

 

Um adicto que se auto-destrói, certamente não tende para o bem, no entanto parece que deseja e ama as drogas. Por que isto acontece? Porque enquanto o amor e o bem são essencialmente objectivos, reais e perfeitos, as nossas concepções deles são imperfeitas, subjectivas e abstratas. É a condição de um intelecto evolutivo que produz um ambiente em que o erro é possível e comum; é também porque a nossa realidade é mais virtual que factual; e esta capacidade que temos de encontrar semelhanças, laços e relações entre as coisas, independentemente da sua realidade concreta, tanto pode iluminar a consciência e produzir conhecimento, como confundi-la e embotar a inteligência.

 

Então o nosso adicto, quando deseja a droga, não pretende a auto-destruição, mas o bem aparente que o consumo lhe traz: a paz na ausência de sofrimento, ou o entusiasmo que ele não tem na sobriedade, enfim, o que ele procura é um bem, mas procura-o da forma errada no sítio errado. O mesmo acontece com o psicopata, admitindo que este exemplo é controverso e ambíguo, o que ele procura pela violência é um género de emancipação, uma libertação, e muitas vezes o sentimento de poder. Já o sociopata, esse quer assemelhar-se a Deus, e escolhe o caminho que mais o afasta Dele.

 

Erramos nas nossas interpretações, e, verdade seja dita, não temos ainda, nem uma ordem social, nem estruturas disponíveis a grandes números de pessoas que as ensinem a afinar a inteligência e a colocar o seu coração nos valores eternos e essenciais. Pois é isso que precisamos.

 

Contemplávamos, então, o mandamento. Entendemos que o amor é acto, e que esse acto é manifestado no desejo do bem. Quando amamos alguém, queremos o seu bem; amar-nos é querermos o nosso bem; amar o mundo é querer o bem do mundo. De muitas formas podemos manifestar esse querer, e aqui não há regra ou exigência, senão o próprio querer. Como diz o padre A. D. Sertillanges, a oração é a expressão de um desejo, e ela é também uma das formas de amar.

 

Chegamos aqui para mergulhar no nível seguinte da nossa contemplação, que vem a nós por meio do evangelho de Lucas, mas poderia vir por simples dedução. Se queremos amar o próximo, teremos de amar todos os homens, sem excepção:

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27 Contudo, tenho a declarar a vós outros que me estais ouvindo: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam;

28 abençoai aos que vos amaldiçoam, orai pelos que vos acusam falsamente.

29 Ao que te bate numa face, oferece-lhe igualmente a outra; e, ao que tirar a tua capa, não o impeças de tirar-te também a túnica.

30 Dá sempre a todo aquele que te pede; e, se alguém levar o que te pertence, não lhe exijas que o devolva.

31 Como quereis que as pessoas vos tratem, assim fazei a elas da mesma maneira.

Lucas 6

 

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E perguntamo-nos agora: como é possível tal façanha? Que faço à minha raiva quando me sinto injustiçado pelo próximo? Como me defendo se atacam o meu corpo ou a minha honra? Talvez estes sentimentos não sejam tão graves de manejar com algum treino e vontade, mas amar, isto é, querer o bem, e mais, orar por aqueles que me odeiam, não é para coração pequeno. Mas é extremamente necessário. É difícil, mas precioso, e pode fazer toda a diferença da nossa vida. Como fazê-lo?

 

Fazêmo-lo obedecendo ao primeiro mandamento de todos, do qual todos os outros derivam; consequentemente, a obediência ao primeiro sustentará a retidão que os restantes exigem. O mandamento é amar Deus de todo o coração, alma e inteligência. Desse acto de amar a Deus deriva o amor aos homens – a si próprio e ao próximo. É o amor no seu grau máximo – de coração, alma e inteligência. Impossível de fingir, improvável de atingir, mas o desejo de atingir tal coisa manter-nos-á tendendo para o ideal.

 

Porque falei tudo isto? Porque este livro é, essencialmente, o relato de como certos homens tenderam tanto para o amor de Deus, que salvaram, com esse amor, milhares de almas, e tudo isso enquanto estavam presos, sendo torturados, espancados, mutilados, humilhados, e por vezes cruelmente assassinados, de maneiras semelhantes ou piores que as que Cristo sofreu na carne. É caso para nos curvarmos com vergonha de nossas vidas tranquilas. Seria impossível terem cumprido o que está escrito em Lucas (6, 27-31) se não soubessem integralmente o significado dos dois primeiros mandamentos.

 

Richard Wurmbrand sofreu estas torturas sob o nazismo (nacional-socialismo) e posteriormente sob o comunismo. Foi preso e torturado por ser cristão e por pregar o Evangelho. De tão evoluídos que nos achamos, é lógico deduzir que tal coisa nunca seria possível no nosso tempo. Porém, é fundamental entendermos que estamos perante ideologias de cariz profundamente anti-cristão, pois a liberdade que nos é dada pela graça de Deus, por meio de Cristo, é um grande empecilho para sociopatas com ambições totalitárias. O nosso amor a Deus e a promessa de servir a Ele acima de todas as coisas é motivo de cobiça para tais mentes já definhadas pelo peso do erro constante e deliberado.

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Neste pequeno livro entenderemos um pouco mais sobre a subversão da Igreja. Veremos como ela, por meio de pontífices que não a defenderam, se vergou ao domínio dos comunistas, mudando para sempre o curso da sua missão, contaminando-a do oriente ao ocidente. É uma ferida ainda aberta e em putrefacção no seio de toda a comunidade cristã. Hoje, mais que nunca, precisamos despertar para o seu verdadeiro sentido, a sua verdadeira origem e verdadeira missão, caso contrário, não mais seremos vencidos por Cristo, mas por poderes humanos. Poderes que não têm qualquer interesse na nossa alma, mas nos vêm apenas como força de trabalho e massa de manobra.

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Esta é uma leitura extremamente necessária e urgente para nós, especialmente os jovens, que nascemos no tempo mais propício ao totalitarismo. Afinal, socialismo e comunismo continuam a ser fantasmas, camaleões que se metamorfoseiam debaixo dos nossos narizes, acumulando cada vez mais poder, mais meios de acção, hipnotizando-nos e subvertendo os nossos valores e a nossa inteligência. Isto é o contrário de amar.

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17 Março 2021

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Escritora

FRANCISCA SILVA

Da sede de conhecer

Ao abraço do Ser

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